Evidencia-se, na linguagem pictórica de Piero della Francesca, um soberano destaque dos componentes mais narrativos da representação, que são, apesar disso, evidenciados por uma fixa e calculada rede de relações métricas e cromáticas.
Aqui, as figuras, de proporções reduzidas em comparação com as dimensões do quadro, resultam mais isoladas do que nunca, em si próprias ou em pequenos grupos, e colocadas em posição oposta à das figuras mais próximas.
O Menino situa-se longe da Mãe, que só com o olhar responde ao filho que lhe estende os braços.
O quinteto de anjos cantores, de feições geometricamente perfeitas, que recorda o coro de Luca della Robbia (Florença, Museu da opera do Duomo), comprime-se num encaixe regular no qual cada uma das figuras parece sensível apenas à harmonia dos sons que vai desdobrando; mais atrás, São José mantém-se calado e absorto, sentado de perfil, mostrando a planta do pé, enquanto os dois pastores, colocados quase de frente, indicam, possivelmente, a estrela que não está representada neste quadro, que permaneceu inacabado.
De ambos os lados da cabana, estendem-se duas aberturas à paisagem concebidas como entidades separadas; árvores, rochas e um rio sinuoso à esquerda, uma cidade de torres e campanários à direita, talvez Borgo San Sepolcro, a cidade natal do pintor.
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Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Piero della Francesca, experimente fazer uma releitura dele ou crie uma composição baseada no nascimento de Cristo, usando o material que você mais gostar.
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