Nascido em Nápoles em 1716, de família espanhola, Meléndez é um dos expoentes máximos da arte da natureza- morta, no topo absoluto deste gênero pictórico no século 18.
Formado na herança da tradição napolitana dos Recco, das naturezas-mortas espanholas e dos modelos cintilante e sutis de Sánches Cotán, Zurbarán e Velázquez, destes retirou o severo tom moral e o gosto quase místico pelas coisas cotidianas, analisadas e medidas em equilibradíssimas composições.
Aprendeu, assim, a refletir sobre as relações compositivas entre os objetos, sobre a possibilidade de criar efeitos sugestivos na penumbra das mesas de cozinha, jogando com os clarões das vasilhas e com a matérias de terracotas, carnes ou frutos.
O Museu do Prado conserva um grande número de natureza-mortas do artista, que lhe foram encomendadas para decorar uma sala do Palácio Real de Aranjuez e que representam os produtos da terra espanhola.
No Século das Luzes (e, portanto da luz e da Óptica moderna), o espetacular virtuosismo técnico de Meléndez incute-nos a presença, a consistência, o volume, e quase o sabor, da superfície tátil de cada elemento: da aromática e rígida crosta de pão à cortiça esburacada e irregular e ao toque de alvaiade das braçadeiras metálicas que fecham os aros.
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SOU APAIXONADA POR NATUREZA MORTA. E TODOS OS DETALHES ME ENCANTAM, A REALIDADE COM QUE ERAM REPRESENTANDAS. OBSERVO AS LUZES, AS SOMBRAS, AS PINCELADASE E O CAPRICHO DE CADA MESTRE.
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