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Sergio Camargo

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Sérgio Camargo nasceu no Rio de Janeiro, dia 08 de abril de 1930. Escultor.

Inicia sua formação em artes aos 16 anos, na Academia Altamira, em Buenos Aires, sob orientação de Emilio Pettoruti (1892-1971) e Lucio Fontana (1899-1968).

Em 1948, viaja para a Europa, onde entra em contato com a obra dos escultores Constantin Brancusi (1876-1957), Hans Arp (1886-1966) e Georges Vantongerloo (1886-1965).

Na França, frequenta o curso de filosofia na Sorbonne, e estuda com Gaston Bachelard.

Em 1953, volta ao Brasil e, no ano seguinte, expõe no Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de Janeiro.

Ainda em 1954, realiza suas primeiras esculturas figurativas em bronze.

Em 1961, passa a residir em Paris, onde frequenta o curso de sociologia da arte com Pierre Francastel (1905-1970), na École Pratique des Hautes Études e realiza suas primeiras experimentações com estruturas irregulares, em gesso, areia e tecido.

Em 1963, executa os primeiros trabalhos da série “relevos”, quando utiliza cilindros de madeira para compor a obra.
Inicia, em meados dos anos 1960, trabalhos em mármore, passando, nos anos de 1970, a realizar suas obras quase exclusivamente com este material. Retorna ao Rio de Janeiro em 1974.

Realiza diversas obras para espaços públicos, entre elas: muro estrutural para o Palácio do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; Tríptico para o Banco do Brasil de Nova York; coluna Homenagem a Brancusi para a Faculdade de Medicina de Bourdeaux, França; escultura na Praça da Sé, São Paulo, e monumento para o Parque da Catacumba, Rio de Janeiro.

Com sua “geometria empírica”, como o artista mesmo definia seu estilo, Sérgio Camargo torna-se um dos mais originais escultores brasileiros ligados à vertente construtiva.

No início dos anos 1960, momento em que muitos acreditavam no esgotamento e defendiam a superação do legado moderno, Camargo lança-se na aventura do embate da forma moderna com os problemas culturais que lhe eram contemporâneos, inaugurando uma trajetória na qual a relação conflituosa, mas sempre atenta, com essa tradição gera uma produção inovadora e singular

Sem filiar-se a nenhum grupo ou movimento de inspiração construtiva da época, Sérgio Camargo desenvolve seu trabalho de modo independente e pessoal.

O crítico Ronaldo Brito, disse sobre a obra de Sergio Camargo”a ordem e a loucura da ordem”.

Seus relevos encontram uma boa acolhida na Europa, e Sérgio de Camargo passa a ter uma bem-sucedida carreira internacional.

A possibilidade de trabalhar de modo coerente e conciso a combinação de um número restrito de volumes geométricos (cilindros, cubos, retângulos), sem prestar contas a certa racionalidade didática, confere ao método de Camargo caráter experimental permanente ao longo de sua obra.

“Orientado pelo princípio construtivo da coerência e lucidez integrais, o desdobramento da obra de Camargo nem por isso abandona o páthos de aventura característico da lírica moderna”, como também observa Ronaldo Brito.

Faleceu no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1990.

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