O Museu Lasar Segall recebe a exposição que apresenta 59 desenhos do final do século XIX e meados do século XX. Desde seus inícios, as coleções de desenhos da Fundação MAPFRE estiveram marcadas por grande interesse em revelar o nascimento da modernidade.
A seleção que apresenta abrange um período compreendido entre finais do século XIX e meados do XX, precisamente o momento em que o desenho ainda vive sua dupla condição.
Se, por um lado, é um meio criativo para a execução final de outras obras, ao mesmo tempo mostra sua independência, como arte plena e suficiente em si mesma.
Assim sucedia já nos desenhos de Rodin e Klimt, que os próprios artistas incluíam em suas exposições, nos do primeiro Picasso e nos de Henri Matisse; na ironia de George Grosz, em que a mulher se converte em protagonista e nos fala dos diversos caminhos da crítica e da sátira no seio da pintura europeia.
Mas também naqueles que, com um espírito plenamente vanguardista, nos introduzem nas tendências mais avançadas da arte contemporânea: o próprio Picasso, Juan Gris, Alexander Achipenko ou Moholy Nagy, presentes nesta exposição.
Também o dadaísmo de Charchoune, Picabia ou Schwitters, que chega ao surrealismo através da obra de Joan Miró, Salvador Dalí ou Óscar Domínguez.
Um surrealismo que, a partir do círculo parisiense de André Breton, permanece na cultura espanhola durante muitos anos, tal como vemos nas formas puras e primitivas de Julio González ou de Alberto Sánchez, nas primeiras obras de Tàpies.
Na segunda metade do século XX, o limite entre os gêneros artísticos parece diluir-se em um universo criativo que mescla o desenho com a pintura, a escultura com a ação e a arquitetura.
Um exemplo dessa atitude encontra-se no desenho de Eduardo Chillida incluído na exposição, que combina a qualidade do desenho propriamente dito com as qualidades escultóricas do ferro e da madeira.
O caminho para a Coleção nos conduziu a uma perspectiva diferente: não o desenho tradicional, agora uma obra da qual o desenho participa.
Artistas presentes na exposição:
Albert Gleizes – Alberto Sánchez – Alexander Archipenko – André Lhote – Antoni Tàpies – Auguste Rodin -Daniel Vázquez Díaz – Darío de Regoyos – Eduardo Chillida – Sir Edward Coley Burne-Jones – Egon Schiele – Fernand Khnopff – Francis Picabia – Francisco Bores – George Grosz – Gustav Klimt – Henri Matisse – Isidre Nonell – Joaquim Sunyer – Joaquín Torres García – Joan Miró – José Caballero – Juan Gris – Juan Ponç – Julio González – Kurt Schwitters – László Moholy-Nagy – Luis Fernández – Lyonell Feininger – Maruja Mallo – Óscar Domínguez – Pablo Picasso – Paul Klee – Rafael Barradas – Remedios Varo – Salvador Dalí – Serge Charchoune – Sonia Delaunay.
Museu Lasar Segall. Rua Berta, 111 – Vila Mariana, São Paulo – SP. Aberto de quarta a segunda, das 11h às 19h. Entrada Gratuita. Até 18/08/17.
Fique Atento! Os horários podem sofrer modificações. Consulte o site oficial da instituição.