Coletiva que joga luz sobre a presença e a potência da palavra nas artes visuais, que reúne cerca de 80 obras do seu acervo, além de nove obras de artistas convidados.
Com curadoria de Laura Suzana Rodríguez, a mostra retrata um amplo período da história da arte brasileira, desde a década de 1940 até os dias atuais e traz à tona a presença e a potência da palavra nas artes visuais.
Seja como uma interferência poética, uma crítica ferrenha ao status quo, com a criação de uma grafia própria e indecifrável que instiga o observador ou com títulos que ampliam o sentido da obra, a palavra sempre entra para somar outros significados e leituras possíveis.
Os textos que compõem as obras são de diversas ordens: citações bíblicas, nomes de lugares, afirmações, imperativos, pedidos de socorro, uma denúncia, trechos de alguma história ou de uma poesia.
O conjunto abrange pinturas das décadas de 1940 a 1980, em que a palavra faz parte da composição, um núcleo de arte postal das décadas de 1970 e 1980 de artistas atuantes durante a ditadura e outras mais recentes, puramente textuais ou que expõem o processo do artista em que a linguagem ganha destaque, além de obras tridimensionais, desenhos, gravuras e vídeos.
Estarão presentes mais de 40 artistas do acervo, entre eles Alex Flemming, Antonio Henrique Amaral, Claudio Tozzi, Jac Leirner, Leon Ferrari, Odilla Mestriner, Pedro Escosteguy, Regina Silveira e Wesley Duke Lee e artistas contemporâneos convidados como Ana Mazzei, Beth Moysés, Marcela Tiboni, Panmela Castro, Pedro Guedes e Tec.
Como forma de incentivar as discussões, as relações e a dinâmica entre as obras, haverá um núcleo temporário onde, durante o ano de 2019, serão convidados outros quatro artistas.
No primeiro semestre, participarão Walmor Corrêa e Regina Parra.
Ambos com obras que refletem sobre os lugares da mulher ao longo da história.
“A palavra é usada também como forma de registrar a presença dessas obras na coleção.
As obras penduradas em painéis de acrílico têm a função de exibir o seu verso com as inscrições originais feitas pelo artista que codificam as informações sobre a obra”, explica Laura.
Museu de Arte Brasileira – Faap. Rua Alagoas, 903 – São Paulo – SP. Aberto de segunda, quarta, quinta e sexta, das 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, das 10h às 17h. Entrada gratuita. Até 08/04/19.
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