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Artemísia Gentileschi

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Artemísia Gentileschi, ganhou notoriedade nos tempos atuais como feminista, mas foi uma pintora importante quando se fixou em Florença no século XVII e com o sucesso de sua obra tornou-se a primeira mulher a entrar para a Academia de Arte de Florença.
Artemísia nasceu em Roma em 8 de julho de 1593 , filha mais velha do pintor toscano Orazio Gentileschi, foi uma das únicas mulheres a serem mencionadas no ramo da pintura artística do barroco, sendo a primeira a possuir uma posição privilegiada. Dedicou-se a temas trágicos em que suas personagens femininas representam papéis de heroínas.

Artemísia foi introduzida à pintura na oficina de seu pai, Orazio, mostrando mais talento que seus irmãos, que trabalhavam ao seu lado. Ela aprendeu a desenhar, a misturar cores e como pintar. Como o estilo do trabalho de seu pai era inspirado em Caravaggio, as obras de Artemísia acabaram sendo influenciadas também por esse artista.

Entretanto, sua abordagem na pintura era naturalista e a de seu pai eram mais idealizadas. Orazio deu grande incentivo à filha, já que, durante o século XVII, as mulheres não eram consideradas suficientemente inteligentes para trabalhar. Ao mesmo tempo, Artemísia teve de resistir às atitudes tradicionais e às submissões psicológicas e, ao fazer isso, ganhou grande respeito e reconhecimento por seu trabalho.

Em 1611, seu pai trabalhou com Agostino Tassi, para decorar o cofre do Casino della Rose, dentro do Palazzo Pallavicini Rospigliosi, e o contratou para tutor de Artemísia, gerando uma relação conflitosa que envolvia estupro e promessa de casamento. Como Tassi era casado e não cumpriu sua promessa foi processado pelo pai da pintora.Durante o julgamento, Artemísia foi submetida a um exame ginecológico e torturada para verificar o seu testemunho. No final do julgamento, Tassi foi condenado à prisão por um ano, embora ele nunca tenha cumprido o tempo total da pena. Todo esse processo e julgamento influenciou a visão feminista de Artemísia Gentileschi.

O pai arranjou para sua filha o casamento com Pierantonio Stiattesi, um artista modesto de Florença. Pouco tempo depois de se casarem, o casal mudou-se para Florença, onde Artemísia recebeu uma comissão para uma pintura na Casa Buonarroti. Ela tornou-se uma pintora de sucesso da corte, aproveitando o patrocínio da família Médici e de Charles I. Foi proposto que durante este período Artemísia também pintasse a “Madona com o Menino”, que atualmente se encontra na Galeria Spada de Roma.

Ainda em Florença, Artemísia e Pierantonio tiveram duas filhas. Ambas se tornaram pintoras, orientadas por sua mãe, embora nada se conheça sobre seus trabalhos.

Em 1630 Artemísia muda-se para Nápoles em busca de novas e mais lucrativas oportunidades de trabalho. Lá Artemísia começou a trabalhar em pinturas na catedral dedicada a São Januário, no anfiteatro de Pozzuoli. Durante seu primeiro ano na cidade, ela pintou “O nascimento de São João Batista” e “Corisca e o Sátiro”, mostrando através destas pinturas sua capacidade de se adaptar às novidades do período e lidar com diferentes temas.
À medida que a artista envelhecia, suas obras foram se tornando ainda mais graciosas, revelando uma mudança no seu gosto e sensibilidade.

Pensava-se que Artemísia tivesse morrido entre 1652 e 1653, mas evidências recentes apontam que em 1654 ela ainda estava aceitando encomendas, embora dependesse cada vez mais do auxílio de seu assistente, Onofrio Palumbo. Especula-se que ela tenha morrido em 1656, em consequência de uma praga em Nápoles.

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