Sorolla se casou com Clotilde Garcia del Castillo em Valença, em 1888. Ela era filha de um prestigioso fotógrafo chamado Antônio Garcia Peris, que forjara uma grande amizade com o pintor, sendo seu protetor e mecenas. Como prova deste amor sincero e intenso, Sorolla realizou vários retratos de sua mulher durante toda sua vida.
Sorolla resolve esta composição situando a figura em um primeiro plano, sentada, um pouco inclinada, dando uma maior sensação de relevo. Esta postura um pouco forçada, imprime força à energia interior que devia ter a retratada. O fundo se soluciona com manchas rosa-escuro.
A mulher do artista está vestida com um elegante vestido preto com pedrarias. Seu cabelo está enfeitado com uma flor branca; anos mais tarde Sorolla voltará a usar este detalhe nas mulheres ciganas e sevilhanas.
Utiliza uma palheta atrevida mas resolve a obra com grande mestria, combinando o suave tom nacarado do rosto, do pescoço e dos braços, com o preto do vestido e o rosa forte da poltrona.
As luzes laterais que incidem em determinadas áreas da tela, recordam Velásquez. Este não só lhe influiu no estudo e tratamento da luz, como também na composição e iluminação dos retratos.
Agora que você sabe mais detalhes sobre essa obra de Joaquín Sorolla, experimente desenvolver sua releitura sobre o tema ou crie um retrato demonstrando a importância do momento, usando o material colorido que você mais gostar.
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