O que é ilusão de Ótica?
“A interpretação do que vemos no mundo exterior é uma tarefa muito complexa.
Já se descobriram mais de 30 áreas diferentes no cérebro usadas para o processamento da visão.
Umas parecem corresponder ao movimento, outras à cor, outras à profundidade (distância) e mesmo à direção de um contorno.
E o nosso sistema visual e o nosso cérebro tornam as coisas mais simples do que aquilo que elas são na realidade.
E é essa simplificação, que nos permite uma apreensão mais rápida (ainda que imperfeita) da «realidade exterior»,
que dá origem às ilusões de óptica.”
Talvez um dos primeiros artistas que tenha usado este conceito tenha sido Giuseppe Arcimboldo (1527-1593).
Suas obras principais incluem a série “As quatro estações“, onde usou, pela primeira vez, imagens da natureza, tais como frutas, verduras e flores, para compor fisionomias humanas.
A sua obra haveria de influenciar, mais tarde no século XX, os pintores surrealistas, sendo redescoberto por Salvador Dalí.
Mas, sem dúvida alguma, foi M. C.Escher (1898-1971) quem mais fez uso do conceito da ilusão de ótica para compor suas obras, com explorações do infinito e metamorfoses – padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes.
Ele também era conhecido pela execução de transformações geométricas (isometrias) nas suas obras.
O trabalho de Oleg Shuplyak, um dos mais influentes e conhecidos pintores a utilizar os conceitos em suas obras, traz para atualidade uma nova aplicação criativa de ilusão de ótica.
Oleg Shuplyak é um pintor ucraniano talentoso, que usa imagens escondidas para transformar suas obras em alucinantes ilusões de óptica.
Nascido em 23 de setembro de 1967, na região de Ternopol da Ucrânia, estudou arquitetura na Politécnica de Lviv, mas sua paixão sempre foi a pintura.
No curso, aprendeu a criar imagens dentro de outras imagens.
Em seu tempo livre, ele começou a pintar paisagens, desenhando rostos de pessoas famosas dentro das pinturas.
Dessa forma, consegue criar paisagens completas que, vistas de outro modo, podem ser um único rosto.
O artista escolheu personagens como Salvador Dali, Paul Cezanne, Paul Gauguin, Vincent Van Gogh, Charles Darwin, Michelangelo, Leonardo da Vinci, John Lenon, William Shakespeare, entre muitos outros.
Em algumas de suas pinturas, a imagem do rosto está tão visível que a primeira imagem se perde.
Fica difícil para o espectador lembrar-se dessa primeira imagem…
Então ele a procura, acaba encontrando, e é a segunda imagem que se perde.
E assim, sucessivamente… É um verdadeiro jogo de esconde de imagens em nossas mentes!
Agora chegou a sua vez!
Escolha um personagem e sua área de atuação. Procure desenhar o seu rosto com imagens da sua ocupação. Use o material da sua preferência.
Fotografe sua obra. E compartilhe nas nossas mídias sociais #historiadasartes/talento