Sebastiano, veneziano de origem mas instalado em Roma em 1511, pinta este grande quadro para a Catedral de Narbona, no Sudoeste de França, por encomenda do cardeal Júlio de Médicis (futuro para Clemente VII), em virtual competição com Rafael, que estava trabalhando para o mesmo destinatário e a mesma catedral francesa, na obra Transfiguração (Roma, Museus do Vaticano).
O milagre da ressurreição de Lázaro resultou como um conjunto brilhante de corpos amassados e gesticulantes, de cores vistosas e cabeças retratadas com particular atenção às diversas expressões fisionômicas.
O pintor mostra um conhecimento completo e perfeito domínio da linguagem figurativa romana do início do século 16, dominado pela personalidade de Rafael e de Michelangelo.
A influência deste último foi predominante em Sebastiano e veio somar-se à sua formação giorgionesca realizada em Veneza.
Nesta obra, a influência de Michelangelo é evidente nos gestos enfatizados e fortemente emotivos dos protagonistas, na vigorosa, quase forçada, plasticidade e nas torções de Lázaro e do homem que o ajuda a libertar-se das trevas do sepulcro: uma espécie de gigantes quer pela musculatura, quer pelas dimensões, evocação das figuras da Capela Sistina.
Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Piombo, experimente fazer uma releitura dele ou criar uma composição que contenha um grupo grande de pessoas em ação, utilizando o material colorido que mais gostar.
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