Interessantes perspectivas de artistas de várias escolas sobre Saturno, vistas em obras que estão no Museu do Prado. Vamos entender melhor esse mito e como seu filho, Júpiter, conquista o poder.
De forma resumida, Urano, o Céu, impedia seus filhos de saírem do ventre materno de Gaia, a Terra. Ela revoltou-se contra isso e fez um plano para libertar seus filhos para o mundo.
Saturno, o mais jovem dos Titãs, e o mais audacioso de todos, foi quem teve a ousadia de aceitar a proposta da mãe. Manejando sem hesitar uma foice afiada que Gaia fabricara, num golpe impetuoso ceifou a virilidade de Urano. Destronando assim o pai, Saturno tornou-se o grande soberano.
Unindo-se a Reia, sua irmã, teve vários filhos. Porém, revelou-se tão opressor quanto Urano, e seu poder também haveria de ser subjugado por um de seus filhos. Tentando impedir a confirmação do oráculo, Saturno devorava seus próprios filhos, um a um, nem bem eram dados à luz.
Reia não aguentava mais sujeitar-se aos desmandos do marido e, quando estava para ter seu caçula, ajudada por Gaia, decidiu enfrentar a tirania de Saturno. Retirando-se para ilha de Creta, ela concebeu Júpiter, mas entregou-lhe uma pedra no lugar do filho.
Quando cresceu, disposto a tomar o lugar de Saturno e fazer-se o soberano do universo, Júpiter foi aconselhar-se com Métis, a Prudência, que lhe deu um remédio para o despotismo do pai. Enganado por Gaia, Saturno bebeu a droga e logo expeliu pela boca não só a pedra mas também os filhos que tinha devorado.
Júpiter podia contar com a força dos seus irmãos. Inicia-se assim uma guerra de dez longos anos entre os Olímpicos e os Titãs, uma guerra de deuses e gigantes. Júpiter teve aliados poderosos e isso lhe garantiu a vitória sobre os Titãs. Após o triunfo os três irmãos, Plutão, Netuno e Júpiter, repartiram entre si o domínio do mundo, cabendo a Júpiter o poder supremo.