O desenho que rege a ordenação das plantas, assim como outros elementos (esculturas, ornamentos, espelhos d’água e fontes) que intervêm na configuração de um espaço de recreação, detém um interesse artístico em si mesmo, considerado uma planificação de espaço, mas também uma relação com a arquitetura.
Entre os povos islâmicos, o jardim é uma evocação do Paraíso. No Alcorão promete-se um jardim recorrido por canais de água a quem agir corretamente. Concebe-se, pois, um oásis interior de prazer e frescor, em oposição a um exterior selvagem. Organizam-se de forma geométrica, em torno de quatro partes cortadas por canais que evocam quatro rios, com flores, árvores e arbustos.
O pátio dos Leões era um jardim. Os canteiros de flores de Generalife, em Granada (Espanha), estavam reunidos, com a intenção de criar a ilusão de caminhar por um tapete floral. A água com seu som ritmado, reflexos e evocações, tem papel essencial.
No Ocidente, o jardim constitui uma manifestação artística fundamental durante a Idade Moderna. O jardim do Renascimento italiano tem um desenho regular, ordenado segundo formas geométricas, que se difunde, com variantes, por toda a Europa.
O paisagismo alcança grande refinamento na França de Luís XIV, onde são criados jardins baseados em grandes eixos, principais e secundários que formam caminhos ladeados por árvores ou arbustos relacionadas às fachadas palacianas. Comumente chama-se essa configuração de “jardim francês”.
A moda do jardim pitoresco chega à Inglaterra do século 18 em transformação, quando é criado o chamado “jardim inglês”, com caminhos ondulantes e em terreno com altos e baixos, onde são combinadas superfícies planas com massas arbóreas e plantas.
Uma resposta
tudo q é Arte me fascina.