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Trabalho de Artista: Imagem e Autoimagem(1826-1929) | Pinacoteca de São Paulo

Lancôme, La Vie est Belle EDP, Perfume Feminino

Com concepção curatorial de Fernanda Pitta, da Pinacoteca de São Paulo, e cocuradoria de Ana Cavalcanti (UFRJ) e de Laura Abreu (MNBA), a exposição apresenta um conjunto com cerca de 120 obras – pinturas, esculturas, gravuras e desenhos.

São 33 autores, mulheres e homens, que representaram seu trabalho e suas figuras de artista, entre o século 19 e início do século 20, período em que se constitui o sistema artístico moderno no Brasil.

Foi realizada em parceria com o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

A exposição foi organizada em torno de quatro eixos: Criação e ofício, O ateliê como motivo, A persona do artista (retratos e autorretratos) e O artista e a modelo.

O conjunto traz obras que, mais do que o simples exercício da representação de retratos e autorretratos ou de cenas pitorescas de ateliê, representam o esforço de gerações de artistas para apresentar ao público sua imagem e seu trabalho, sua persona e seu universo de criação, legitimando sua presença na cultura brasileira.

Obras como Longe do lar (1884), de Benedito Calixto, e O importuno (1898), de Almeida Júnior, ambas pertencentes à coleção da Pinacoteca, são testemunhos da autoconsciência dos artistas em construir uma imagem pública de si e de seu ofício.

Integram também obras provenientes de 25 coleções privadas e públicas, incluindo o Museu D. João VI (Rio de Janeiro), Museu de Arte de Belém e o Museu de Arte de São Paulo.

A Carta – Eliseu Visconti – Obra exposta na Pinacoteca de São Paulo

Além delas, a mostra apresenta ainda fotografias de ateliês, revistas ilustradas com reportagens sobre a vida de pintores e escultores brasileiros, álbuns de artistas, e os primeiros livros dedicados à história da arte e dos artistas no Brasil, como Belas Artes: estudos e apreciações (1885), de Felix Ferreira, A arte brasileira: pintura e escultura (1888), de Gonzaga Duque, e a primeira edição da biografia de Antonio Parreiras, História de um pintor contadas por ele mesmo (1881-1926), de 1926.

O conjunto propõe demonstrar que a estratégia, usada pelos artistas da época, de construir uma imagem de si mesmos e de seu trabalho significava elevar seu próprio status na sociedade brasileira, tradicionalmente marcada pela desvalorização de todos os ofícios ligados ao artesanato e ao esforço manual.

Evidencia também as exigências contraditórias de uma formação artística oferecida pelo sistema acadêmico, dirigida para a pintura de história ou para o monumento público, que ao mesmo tempo requisitava ao artista que se afirmasse como profissional “em exposição”, que deveria construir sua imagem e reputação para concorrer num mercado pouco a pouco em expansão.

Estão expostas obras dos artistas:

Abigail de Andrade, Amadeu Zani, Antônio Parreiras, Arthur Timótheo da Costa, Beatriz Pompeu de Camargo, Benedito Calixto, Benjamin Parlagreco, Carlos Chambelland, Carlos De Servi, Dario Villares Barbosa, Edgard Parreiras, Eliseu Visconti, Eugênio Latour, Gaston Gérard, Georgina de Albuquerque, Giuseppe Leone Righini, Henrique Bernardelli, José Ferraz de Almeida Júnior, Lucilio de Albuquerque, Marques Campão, Modesto Brocos, Nicolas Antoine Taunay, Numa Camille Ayrinhac, Oscar Pereira da Silva, Pedro Américo, Pedro Peres, Pedro Weingartner, Rafael Frederico, Regina Veiga, Rodolfo Amoedo, Rodolpho Bernardelli, Theodoro Braga e Theodoro de Bona.

Pinacoteca. Praça da Luz 2 – São Paulo – SP. Aberta quarta a segunda, das 10h às 17h30. Aos sábados, entrada gratuita. Até 25/02/19.

Fique atento! Os horários podem ser alterados. Consulte sempre o site oficial da instituição.

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