A sua história começou quando foi descoberta em 1820 na ilha de Milo, parte do Império Otomano.
Depois de sua aquisição pela França foi imediatamente exposta no Museu do Louvre, oficialmente como uma obra-prima da prestigiosa geração clássica e atribuída a escola de Praxíteles, tornando-se uma celebridade instantânea e um motivo de orgulho nacionalista.
A obra, de 2,02 m de altura, é composta basicamente de dois grandes segmentos de mármore de Paros, com várias outras partes menores trabalhadas em separado e ligadas entre si por grampos de ferro, uma técnica comum entre os gregos antigos.
A deusa usava joias de metal – braçadeira, brincos e tiara – presumidas pela existência de orifícios de fixação.
Pode ter tido outros adereços, e sua superfície pode ter recebido pintura, que entretanto não deixou traços.
De início a ideia do conservador-chefe do museu, Bernard Lange, era restaurar a obra integralmente, recriando todas as partes que faltavam, prática comum na época, mas como a posição dos braços não podia ser determinada com segurança, resolveu-se fazer um restauro apenas ligeiro na ponta do nariz, no lábio inferior, no dedão do pé direito e em algumas dobras do manto, acrescentando-se também o pé esquerdo e uma base retangular para sustentá-lo.
Em maio de 1821 o museu anunciou oficialmente a exposição da Vênus de Milo.
A necessidade de mostrar Vênus de Milo enquanto obra de arte do mais alto valor, a fim de prestigiar o próprio povo francês, complicou em muito o processo de identificação da obra.
A sua postura geral com um movimento espiralado, os seios pequenos e o padrão das dobras do seu manto, por outro lado, concordam com as inovações formais introduzidas pelos escultores helenistas.
Representando uma das deusas mais importantes e veneradas da Antiguidade Clássica, a Vênus de Milo simboliza o ideal de beleza facial e corporal da época.
Sendo uma das poucas obras originais da Antiguidade que chegaram aos nossos dias, sua imperfeição mutilada contrasta com o trabalho preciso do escultor.
Para reproduzir a textura do manto, esculpiu várias dobras e pregas no mármore, como aconteceria num tecido, jogando com luzes e sombras.
Algumas interpretações defendem que a posição da deusa, com o corpo torcido, teria o objetivo de segurar o manto que escorregava.
Tal como aconteceu com outras obras que marcaram a História da Arte, a expressão misteriosa da Vênus e a suavidade de seus traços têm conquistado admiradores ao longo dos tempos.
Os seus cabelos, longos e divididos no meio, estão presos mas revelam a textura ondulada, recriada no mármore pelo escultor.
Segundo alguns especialistas, além da propaganda feita pelo governo francês para promover a obra, a sua fama teria uma outra razão, algo que a torna singular.
Pela posição do corpo e as ondulações no manto e nos cabelos, a mulher parece estar em movimento, vista de todos os ângulos
Embora também não tenha o pé esquerdo, a ausência que mais se destaca na estátua, e também aquela que a imortalizou, é a ausência dos braços.
Talvez por se tratar de uma característica tão marcante, são várias as lendas que procuram adivinhar o que a deusa carregava e como perdeu os membros.
Além da discussão para precisar ao período que ela foi esculpida, continuam as especulações sobre a sua real imagem, como exposto acima, foi adquirida pela França logo depois de ser descoberta, como uma das obras mais emblemáticas da cultura grega e que nunca mais voltou ao seu país de origem.
A Grécia reclama o seu direito à obra da qual foi privada por tanto tempo, pedindo a devolução da estátua até 2020.
A Vênus de Milo também serviu de inspirações para outros artistas, destacamos:
E você como a representaria ?
Faça um desenho, fotografe e disponibilize nas mídias sociais #historiadasartestalento.