O quadro foi pintado em 1597 para o duque de Urbino, Francesco Maria II della Rovere, principal mecenas do pintor.
Características do estilo de Barocci, a obra pertence à última fase da carreira, época em que abandonou Roma e se retirou para a sua cidade natal, Urbino, doente e temeroso de que os seus rivais tentassem envenená-lo.
A estrutura da composição, baseada nos modelos dos grandes mestres do Renascimento, é feita sobre a diagonal do braço estendido de São José, que convida os pastores a entrar no aposento, e da Virgem, em estática contemplação do Menino.
O contraste entre as luzes e as sombras, criado pela divina fonte luminosa, e a íntima atmosfera familiar concorrem para suscitar uma sutil corrente sentimental e narrativa que antecipa temas barrocos, embora imersa na refinada busca formal e no extensivo cromatismo próprios do maneirismo.
A sofisticada utilização da paleta, o sutil sfumato e a descrição dos afetos foram louvados pelos críticos como modelo de referência pelas sucessivas gerações de pintores.
Os esboços dispersos em vários museus provam a longa elaboração gráfica de Barocci notoriamente lento na execução.
De notável realismo é o fragmento com o boi e o burro, envoltos pela luz artificial divina na escuridão do humilde estábulo.
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