A exposição apresenta um relevante recorte do acervo de desenhos do museu paulistano, com obras modernas e contemporâneas.
Dentro da coleção de mais de 10 mil obras da instituição, cerca de 70% são em suporte papel, e foi principalmente nestas peças que a curadora Carmen Aranha focou sua pesquisa.
A exposição destaca a trajetória das obras em papel do MAC-USP, abrangendo desde desenhos do início do século 20 até obras atuais recentemente adquiridas, e ainda congrega artistas convidados que, juntos, revelam os diversos recursos da linguagem e do suporte.
Como explica o texto de apresentação da mostra, algumas obras também propõem inovações técnicas e incorporam materiais improváveis, tais como malas, madeira, lona e acrílico.
Assim, a mostra explora várias potencialidades, percursos e memórias que emergem do desenho.
Segundo a curadora: “A proposta é, também, prestar reverências à linguagem artística que foi genitora das demais. Na presente mostra, o desenho é visto, primeiramente, como uma visualidade do pensamento e, como afirma Beuys, constitui-se a partir do ponto no qual tensões invisíveis tornam-se visíveis, ‘um tipo especial de reflexão que brota na superfície, seja ela plana ou curva, em suporte sólido (tal como, uma lousa, um papel) ou outra expansão de superfície, onde são trabalhados conjuntamente os sentidos de equilíbrio (visão, audição e tato)’.
Ao lado do acervo de desenhos do museu, cinco artistas mostram seus trabalhos – uma atualização do olhar e do fazer contemporâneo.
São eles o escocês Donald Urquhardt, o artista multimídia John Parker, atuante nos EUA, e os brasileiros Vitor Mizael, Rosana Paulino e Rodrigo Munhoz.
MAC-USP. Av. Pedro Álvares Cabral, 1301, Ibirapuera, São Paulo. Horário: de terça a domingo das 10h às 21h. Até 28 de junho de 2020. Entrada gratuita
Fique atento aos horários, eles podem modificar. Consulte o site oficial da instituição.