O símbolo e a alegoria são elementos que percorrem cada aspecto da cultura do século 17, tanto nas letras como nos costumes e nas artes.
Esta obra pertence ao ciclo comemorativo, inteiramente conservado do Museu do Prado, das alegorias dos cinco sentidos. Peter Paul Rubens foi o autor das figuras e da estrutura compositiva geral, enquanto a frondosa e virtuosa apresentação dos elementos que se referem aos sentidos é obra de Jan Bruegel, eleito pelo mestre como principal colaborador, especialista em naturezas-mortas, do grande ateliê de Antuérpia.
Trata-se de um ciclo tipicamente barroco quanto à tradução em imagens de um conceito através da redundante sobreabundância de objetos. Neste caso, o sentido do gosto é simbolizado por uma jovem que, servida por um sátiro, come a uma mesa cheia de inúmeras raridades gastronômicas e refinadas preparações culinárias, nas quais se incluem peças de caça, frutos e peixes de todas as variedades.
É extraordinária a capacidade a um tempo analítica e sintética de Jan Bruegel: num só contexto ambiental, unitário e coerente, examina uma enorme quantidade de detalhes, cada um deles reproduzido com precisão quase obsessiva.
De fato, davam-lhe o nome de “Bruegel dos Veludos”, pela sua habilidade em plasmar de forma meticulosa as superfícies materiais mais distintas, quase nos transmitindo a sua ilusão tátil.
Os quadros da série dos “cinco sentidos” são também excelentes exemplos do colecionismo eclético, das compilações enciclopédicas e multidisciplinares do século 17 e do desejo de reunir numa obra única um universo de obervações científicas e naturalistas.
Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro dos artistas Jan Bruegel e Peter Paul Rubens experimente fazer uma releitura dele ou criar uma alegoria que represente um dos cinco sentidos.
Fotografe seu trabalho e compartilhe sua experiência conosco, nas redes sociais, usando a #historiadasartestalento
Uma resposta
Boa tarde, Andreia. Não temos competência para fazer esse tipo de avaliação.