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O Triunfo da Morte, Pieter Bruegel, o Velho

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Desenhador, gravador e pintor, Bruegel, o Velho, foi inscrito, em 1551, na corporação de pintores de Antuérpia, mas sempre se sentiu essencialmente distante da clássica escola local e quase impermeável ao Renascimento Italiano, apesar da sua viagem à Península Itálica, entre 1552 e 1556.

A sua cultura como a de Bosch, aliás, assenta, em boa medida, nas tradições populares, nos provérbios, nos poliédricos aspectos cômicos ou trágicos da vida cotidiana.

O tema aqui ilustrado, procedente do Apocalipse e do Eclesiastes, mergulhava as suas raízes na cultura popular medieval, e poderia vincular-se, em termos políticos, ao estragos produzidos na Flandres pelos Espanhóis para reprimir o credo protestante.

Num território baldio, ressequido, fumegante por causa dos incêndios, semeado de inúmeros suplícios e devastações e povoado por exércitos de esqueletos, cavalga, ao centro, a figura da Morte, ceifando seres humanos de todas as idades e condições sociais.

A massa dos homens é empurrada para uma armadilha mortal, rodeada por outros esqueletos, que utilizam como escudos tampas de urnas.

Ninguém se salva da terrível representação macabra e das desesperadas implicações, nem sequer o rei, que, abaixo, à esquerda, com a coroa e o cetro, abandona nas mãos da Morte o seu tesouro; nem os amantes que, na extremidade inferior direita, cantam, sentindo, já atrás de si o sopro da Morte.

O Triunfo da Morte, c.1562, óleo sobre madeira, 117 x 162 cm, Pieter Bruegel, o Velho, Museu do Prado, Madri.

Agora que você sabe mais detalhes sobre essa obra de Pieter Bruegel, o Velho, experimente fazer uma releitura dela ou criar uma cena de surreal sobre a morte, usando o material colorido que mais gostar.

Fotografe seu trabalho e compartilhe sua experiência conosco, nas redes sociais, usando a #historiadasartestalento

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