Impetuosas pinceladas de azul, alaranjado e cor-de-rosa reduziram a tenda do circo e as casas à sua volta a suas formas básicas.
A perspectiva foi distorcida para criar uma cena altamente expressiva e turbulenta.
Vlaminck foi um corredor de bicicleta profissional até encontrar o artista André Derain, em 1900, passando então a pintar seriamente.
Em 1905 tornou-se membro do movimento Fauve (Fovismo),um grupo de artistas – incluindo Derain, Henri Matisse e Georges Rouault – que expôs suas obras em conjunto no Salão de Paris.
Com suas formas distorcidas e padrões planos pintados com cores violentas, suas obras provocaram tal furor, que um crítico chamou-os les fauves (os animais selvagens).
Algumas das melhores obras de Vlaminck datam do período fovista.
Influenciado inicialmente pela expressividade de Vincent van Gogh, a partir de 1907 Vlaminck passou a se interessar pela obra de Paul Cèzanne, rejeitando cores brilhantes em favor de tons sombrios e temas mais tradicionais.
As cores intensas – verde, amarelo, azul e vermelho, por exemplo – e puras – sem mesclas e sem meios tons – significavam para os fovistas, as sensações primárias e vitais do artista.
Frequentemente, os artistas espremiam o tubo de tinta diretamente nas telas e, através de pinceladas violentas, criavam contrastes ou harmonias de coloridos inexistentes na natureza, conforme as necessidades de sua sensibilidade.
Ao eleger a cor como elemento de maior expressividade, o grupo fauvista deixa o desenho e as formas – associadas ao intelectual – em segundo plano. Deste modo, muitos quadros dessa estética modernista possuem formas e perspectivas distorcidas.
Agora que você sabe mais detalhes sobre essa pintura de Vlaminck, experimente fazer uma releitura dela ou criar uma composição sobre a natureza ou uma paisagem, usando o material que mais gostar.
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