O Parnaso é um dos afrescos que Rafael pintou na Stanza della Segnatura, nele, representou o monte Parnaso, lugar em que se instalara Apolo depois de abandonar a Grécia.
Lá, ao lado da fonte Castália, de onde brota a inspiração dos artistas, o deus Apolo toca uma lira de arco. Ao seu lado se sentam Calíope e Erato que presidem o coro das outras musas: Tália, Clio e Euterpe, à esquerda, detrás de Calíope; Polimnia, Melpómene, Terpsícore e Urânia, à direita, atrás de Erato.
Os dezoito poetas, antigos e modernos, que rodeiam o deus enquanto recebem a divina inspiração, conversando agradavelmente entre si, foram identificados na parte baixa da esquerda como Alceo, Corinna, Petrarca, Anacreonte e Safo, segurando um pergaminho enrolado com o próprio nome.
Na parte mais de cima aparecem Ênio, que escuta embevecido a declamação de Homero; Dante, Virgílio e Estácio a seu lado. À direita, descendo do alto, Tebaldeo, Bocaccio, Tibulo, Prepércio, Ovídio e Sannazzaro. Também Horácio aparece sentado, abaixo, em primeiro plano.
A particularidade desta parede com a janela no meio na qual ele tinha que realizar outro afresco para a Stanza della Segnatura, deve ter causado algumas dificuldades a Rafael na hora de conseguir um esquema compositivo que se adaptasse ao muro. Também devia encontrar uma solução no sentido de compensar o efeito de contraluz da janela. Com a intenção de superar este efeito ele dotou as suas figuras de uma considerável aparência escultórica, para o qual estudou, com grande interesse as estátuas da Antiguidade clássica, como se pode observar na figura de Homero cujo rosto está claramente inspirado na cabeça do Laocoonte.
Rafael recorre a um esquema simétrico com um eixo ou núcleo central onde, apesar do nutrido elenco de figuras, primam a ordem e a unidade, da mesma maneira que em outros dois grandes afrescos do salão.
Com esta obra, Rafael construía uma imagem do mundo intelectual e literário respaldado pelos humanistas completando assim o ciclo iconográfico projetado para a Stanza della Segnatura na qual se queria fazer uma apoteose dos conceitos da Verdade, do Bem e da Beleza.
Com este afresco, a poesia se equipara às outras facetas superiores do espírito e encarna o ideal da Beleza. Rafael, além disso, volta a representar a continuidade espiritual entre a civilização e a cultura antiga e a contemporânea, ao retratar personalidades destacadas do momento nos rostos de poetas do passado e ao introduzir poetas modernos nesta visão idílica na qual renasce o espírito clássico da Antiguidade.
Agora que você sabe mais detalhes sobre essa obra de Rafael Sanzio, experimente desenvolver sua releitura sobre o tema, inspire-se nas características do Renascimento e crie uma cena mitológica ou folclórica, usando o material colorido que você mais gostar.
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Respostas de 2
Muito bom
Olá, Lorenzo, agradecemos seu comentário e continue aproveitando nossos artigos. Abraço