Considerado como um dos intérpretes de paisagem mais célebres do século 18, Lorrain mudou-se em 1613, ainda adolescente, da sua Lorena natal para Roma, onde excetuando breves estadas em Nápoles e no seu país de origem, permaneceu até a sua morte, em 1682, em estreito contato com o círculo de pintores nórdicos da zona de Santa Maria del Popolo.
O cosmopolita ambiente cultural da capital influenciou a longa carreira do pintor através de diversas experiências: a medida classicista de Poussin, o sentido paisagista dos bolonheses, desde Annibale Carraci até Guercino, e a maestria da iluminação dos caravaggistas.
Adquiriu o costume de desenhar a partir do natural, libertando-se desa forma, dos modelos acadêmicos e dando forma concreta à realidade da natureza graças à continuidade estre espaço e luz.
Esta tela faz parte de um grupo de obras pintadas para Filipe IV, destinadas a decorar a Galeria de Paisagens do Palácio do Buen Retro de Madri, e faz par com a Paisagem com o Enterro de Santa Serápia.
O episódio, extraído do Antigo Testamento, não passa de um pretexto para representar a ampla e harmoniosa paisagem, interpretação idealizada do campo romano, que o artista não se cansou de percorrer, fixando as suas cambiantes em centenas de desenhos graciosos.
Absoluta protagonista é a luz quente que difunde entre as massas arbóreas entrecruzadas, sobre o reflexo da água depois da cascata, e na velada transparência do céu.
Os edifícios ao longo do rio, a ponte romana, a cidade e as elevações ao longe dão lugar a uma paisagem idealizada e todavia reconhecível; trata-se da campina do Lácio executada pelo pintor no ateliê com base em apontamentos e desenhos feitos no local.
Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Lorrain, experimente fazer uma releitura dele ou criar uma paisagem detalhada que transmita os efeitos da luz solar sobre ela, usando o material colorido que mais gostar.
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