Na segunda metade do século 18, o enfático sentido celebrativo, típico do retrato aristocrático, deu lugar, na pintura inglesa, à mais estrita fidelidade ao natural.
William e Elizabeth Hallett esposaram-se em Julho de 1785 e o retrato de casamento foi terminado provavelmente no Outono do mesmo ano.
Esta imagem nupcial, uma das poucas que se conhecem com os esposos retratados juntos, insere as figuras numa natureza que não tendo ainda a força autônoma da visão romântica também já não é um fundo inanimado e inerte, mas vibra com os mesmo ritmos e com as mesmas transparências cromáticas dos protagonistas.
O pintor ainda não transporta o cavalete para o exterior, mas reconstrói de memória, no estúdio, com a ajuda dos modelos à vista, a sensação de uma natureza vivida como fonte direta de inspiração, protagonista do quadro tanto como o casal.
A ligeireza do toque ágil e inquieto, o conhecimento quanto à dosagem da luz, a sorridente frescura cromática fundem as figuras em movimento com a paisagem circundante, fluida e vaporosa como o vestido e o penteado empoado da senhora Hallet.
Para a sensibilidade de Gainsborough, são queridos os reflexos da luz sobre a seda e o cetim, sobre os tons profundos do veludo, sobre a fragilidade das rendas e das plumas do chapéu, que parecem de pelo de raposa.
Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Thomas Gainsborough, experimente fazer uma releitura dele ou crie um retrato de uma família passeando pelo parque, usando o material colorido que você mais gostar.
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