A Baía de Weymouth, John Constable

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A Baía de Weymouth, John Constable
   

Nos esboços a óleo, como este, mais do que nos quadros acabados expostos na Royal Academy, Constable revela a qualidade e a novidade da sua pintura.

A baía foi pintada ao vivo, ao ar livre, durante a lua de mel do artista em Dorset, em 1816, ou talvez trabalhada mais tarde com base nos desenhos realizados nas ventanias de Outubro.

A paisagem adquire relevo pela forma como é tratada, não por nenhum dado exterior que a torne significativa: a entrega ao tema da natureza é total, privada dos filtros de idealização histórica, filosófica ou literária que até então eram próprios deste gênero.

A luz é o elemento dominante, que dá relevo às formas e as constrói, que faz de uma simples baía uma paisagem monumental, à sua maneira: a luz, realizada à espátula, modela e torna significativos os detalhes naturalistas sobre os quais pousa e que só por ela adquirem relevo.

O céu não é apenas um fundo, mas um protagonista como a terra e o mar sobre os quais converge, carregado de nuvens flutuantes, tema predileto do artista.

Como Turner, Constable não deu origem, no seu país, a uma escola ou a uma tradição, mas as suas lições foram apreciadas pelos jovens pintores franceses, como Géricault e Delacroix.

A Baía de Weymouth, 1816, óleo sobre tela, 53 x 75 cm, John Constable, National Gallery, Londres.

Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Constable, experimente fazer uma releitura dele ou criar uma cena de uma das suas paisagens preferidas, usando o material colorido que mais gostar.

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