O quadro é uma das obras-primas do artista, no auge da fama e do domínio absoluto da sua arte. É uma imagem delicadamente íntima, informal na pose e de uma irresistível proximidade que se supôs tratar-se de uma obra incompleta.
Rembrandt espia a modelo, que é provavelmente, Hendrickje Stoffels, sua companheira desde 1649, condenada pela Igreja holandesa por se tratar de uma relação fora do vinculo matrimonial, aventurando-se hesitante e divertida nas águas do riacho, erguendo a cândida veste com um gesto sem graça afetada, mas verdadeiro e cotidiano.
Trata-se, quem sabe, de um tema bíblico ou mitológico, como representação de Susana, Bathsheba ou Diana, a quem podiam aludir o manto escarlate e dourado abandonado na margem.
A interpretação do tema não é importante para a compreensão da inesgotável frescura e da síntese da pintura de Rembrandt, que, em poucos traços, chega à essência da forma sem lhe definir o contorno, da sua técnica impar e da economia dos meios, com os quais sabe reproduzir os mais variados efeitos ópticos.
Outros grandes artistas contemporâneos de Rembrandt, como Frans Hals e Diego Velázquez, adotaram uma pincelada semelhante, retomada posteriormente, no século 19, por Édouard Manet.
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Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Rembrandt, experimente fazer uma releitura dele ou criar uma composição de uma pessoa banhando-se, usando o material colorido que você mais gostar.
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