Este suntuoso quadro é uma livre inspiração da peça Sardanapalo, escrita por Lorde Byron, publicada em 1821, que conta a história do cerco e da queda do rei da segunda dinastia assíria no final do século 9.
Na peça, o nobre rei assírio, sitiado em seu palácio, decide morrer em sua própria pira funerária, e é acompanhado às chamas por suas mais devotas concubinas.
Na intrigante versão de Delacroix, entretanto, Sardanapalo ordena a seus oficias e eunucos que matem todas as mulheres de seu harém, os pajens e até mesmo seus cavalos favoritos.
O quadro é uma mistura de sensações. As mulheres retratadas parecem conscientes de que a sua morte estava próxima. Os carrascos de Sardanapalo fazem o seu trabalho e assassinam as posses do rei com expressões ferozes e violentas.
“Nada daquilo que contribuiu para o seu prazer deve sobreviver a ele”, escreveu o pintor no catálogo do Salão.
Em vez do suicídio heroico do rei, Delacroix nos apresenta uma desvairada orgia de violência e erotismo.
O personagem controla a situação, como se ele detivesse o poder sobre a vida e a morte. O rei utiliza roupas sofisticadas, demonstrando toda a elegância digna de um monarca. Enquanto a fumaça se eleva, o rei se recosta em seu leito de morte, indiferente ao caos e à sanguinolência.
A mulher de costas na parte inferior à direita da imagem está prestes a ser morta pela adaga de um dos carrascos do rei. Podemos observar sua expressão de dor e a forma como seu corpo está curvado, características consideradas exageradas pela época. A figura foi alvo das maiores críticas destinadas ao pintor francês.
Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Delacroix, experimente fazer uma releitura dele ou criar sua composição dramática, ao estilo romântico, que contenha personagens agonizantes, usando o material colorido que você mais gostar.
Fotografe seu trabalho e compartilhe sua experiência conosco, nas redes sociais usando a #historiadasartestalento