Neste quadro como no exposto ao seu lado na mesma galeria, o tema musical é predominantemente: Vermeer, sincero amante da música, pintou com muita frequência instrumentos e músicos, não em concertos ou sonatas em presença do público, mas na solidão doméstica, vivida como uma emoção interior para ser partilhada com as pessoas mais íntimas.
A jovem parece roçar ligeiramente as teclas do virginal para não quebrar o silêncio da sala e vira-se para o espectador, talvez absorta em pensamentos amorosos por uma pessoa ausente, evocada pela presença da cadeira vazia.
O tema do amor é reclamado pelo Cupido suspenso na parede, que aparece noutros dosi quadros de Vermeer, e que segura numa das mãos uma carta de jogar,alusão à fidelidade no amor, em que, segundo um dito holandês, apenas existe uma única carta de jogar, não se podendo, por isso, fazer trapaça.
A tocante verdade psicológica e luminística é confiada totalmente à execução do pintor: a luz clara que entra pelos vidros ilumina a parede intocada, atinge o rodapé de azulejos brancos e azuis de Delft, pousa no pavimento de mármores embutidos, nas brilhantes sedas do vestido e no veludo celeste da cadeira.
Vermeer pode ter pintado tudo isso apenas naquela sala e ao lado daquela senhora.
Os cachos em volta do rosto, o colar de pérolas, as fitas vermelhas e as rendas da manga balão são toques esplêndidos de tinta aplicada com a ponta o pincel, de luz captada e restituída aos nosso olhos.
A tela, pintada por volta de 1670, pertence ao último período da sua breve atividade, e está exposta na National Gallery de Londres.
Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Vermeer, experimente desenvolver sua releitura sobre o tema, use o material colorido que você mais gostar.
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