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O Guarda-Sol, Francisco de Goya

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A mudança de Goya, um provinciano desconhecido de quase trinta anos para Madri, em 1775, marca o começo de um trajeto pessoal e artístico na sua carreira. 

A primeira encomenda para a corte foi a realização dos cartões destinados aos tapeceiros da Real Fábrica de Tapetes de Santa Bárbara para decorar duas residências dos soberanos espanhóis: o Palácio de São Lourenço do Escorial, onde a corte costumava passar o Outono,  e o Pardo, em Madri, residência habitual de Inverno (os palácios de Aranjuez e da Granja destinavam-se, respectivamente, à Primavera e ao Verão).

Goya entregou, entre 1775 e 1792, sessenta e três cartões, reunidos em sequência por tema e estilo; a tela ilustrada pertence à série para a sala de jantar do Palácio do Pardo, residência dos príncipes das Astúrias, o futuro Carlos IV e Maria Luísa de Parma.

Perto de um muro, a elegante moça senta-se ao sol e então um jovem abriga-a com uma sombrinha verde. Imerso no clima galante e refinado do rococó, o artista interpreta o tema numa atmosfera já marcada pelo desencanto e pela ironia, presentes também nas obras de Giandomenico Tiepolo, que chegou a Madri juntamente com seu pai, Giambattista.

Nas cenas plácidas e serenas, nas tranquilas brincadeiras e nos agradáveis recreios, as relações cromáticas, em linha com a tradição da luminosa pintura veneziana, encontram concordâncias perfeitas.

Em vista da sua transposição para tapete, colocado sobre uma porta a composição é simplificada, mas a líquida e brilhante textura pictórica revela igualmente a maestria do artista.

O Guarda-Sol, 1777, óleo sobre tela, 104 x 152 cm, Francisco de Goya, Museu do Prado, Madri.

Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Goya, experimente fazer uma releitura dele ou criar uma primaveril com pessoas alegres num jardim.

Fotografe seu trabalho e compartilhe sua experiência conosco, nas redes sociais, usando a #historiadasartestalento

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