O quadro, que adornava o quarto de Filipe IV, foi pintado por volta de 1633, quando Rubens, passados já dos cinquenta anos, se casara pouco tempo antes, em segundas núpcias, com a bela Hélene Fourment.
Com esta de encontro ao peito, como se estivessem dançando, o artista retrata-se à esquerda da tela, em frente de um portal ao gosto maneirista. Na parte superior do extremo oposto, aparece, cavalgando um golfinho, uma deusa de cujos seios brota água, símbolo do amor e da fertilidade. À força do amor aludem os pequenos cupidos que trazem flores e pombas, outros símbolos de Vênus.
Ao centro desenrola-se uma conversa entre cavalheiros e belas damas, em cujos rostos Rubens imprimiu várias vezes os traços fisionômicos da sua nova esposa.
O quadro é um hino ao amor e à felicidade, que dele deriva: nele se misturam influências clássicas e vivas referências à vida contemporânea, como na minuciosa descrição das belíssimas roupagens das senhoras, feliz mistura de realidade e de imaginação, de fantasias e de autobiografia.
Elemento unificador do quadro é a exuberância cromática e a instabilidade quase dançante das formas, que irá influenciar a pintura posterior, como as fantasias eróticas de Watteau.
Um Rubens com expressão maliciosa observa o perfil da sua bela esposa, cujo lindo toucado deixa livres alguns cachos louros, como acontece frequentemente com as damas de Paolo Veronese, que o artista flamengo há muito estudara em Veneza.
Este quadro tem características barrocas e pertence ao acervo do Museu do Prado em Madri.
Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Rubens, experimente desenhar e pintar uma cena que represente o amor personificado, use o material colorido que você mais gostar.
Fotografe seu trabalho e compartilhe sua experiência conosco, nas nossas redes sociais, usando a #historiadasartestalento