Em 1814, Goya pediu ao Conselho de Regência para ilustrar os episódios mais relevantes da insurreição de Madri contra as tropas de Napoleão, ocorrida seis anos antes.
Em contato com os círculos liberais afrancesados, o pintor foi simultaneamente testemunha da brutalidade do conflito e das sanguinárias repressões contra os camponeses espanhóis.
A cena representa o ataque da população madrilena contra as forças de ocupação francesas, representadas aqui pela cavalaria mameluca (egípcios a soldo do general Murat) e pelos dragões napoleônicos, nos quais parece renovar-se o conflito histórico contra os Mouros.
A composição amplia-se e invade a direita através das figuras dos cavalos em corrida: apavorados sob as espadas brilhantes, acentuam com movimento a galope a multiplicidade de elementos que convergem no grupo assaltado.
Devido a isso, a cena escapa a qualquer representação tradicional, para se apresentar como um ato fugaz, um instantâneo captado e plasmado na tela: aqui não há herói, apenas a ferocidade nua e crua e a violência louca, as quais alteram as expressões dos rostos e suscitam gestos frenéticos e desesperados.
A obra pertence ao acervo do Museu do Prado em Madri.
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