Conhecido como um dos precursores da arte urbana brasileira, o artista exibe obras em estêncil, além de pinturas, instalações e objetos que trazem uma reflexão sobre a vida nas metrópoles.
O artista nasceu em São Paulo, em 1968.
É considerado um dos pioneiros da street art no Brasil, tendo iniciado seus trabalhos utilizando a técnica do estêncil na década de 1980.
Desenvolve produções em desenho, pintura, poesia, e realiza palestras e curadorias. Graduado pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, com mestrado latu sensu em arte contemporânea e docência no ensino superior pela Unicastelo, é autor do livro O que é graffiti, da coleção Primeiros Passos (Editora Brasiliense).
Já expôs na Austrália, Alemanha, França, Hungria, entre outros. Foi um dos criadores do Dia do Grafitti, que acontece em São Paulo desde 1988.
A clareza e os contrastes da imagem, a herança da pop art, a imagética da rua como uma vitrine, o transformar do defeito em uma qualidade, através da pintura.
Tudo isso se mistura na exposição “Em trânsito – A Stencil Art de Celso Gitahy”
A mostra individual reverencia os mais de 25 anos de trabalho de um dos expoentes do estêncil no Brasil, Celso Gitahy.
“O estêncil é uma técnica muito antiga, que está ligada à xilogravura, à serigrafia.
É um papel ou suporte impermeável, com a forma de um desenho recortado, sobre o qual você passa o spray de tinta.
É uma matriz que você pode utilizar em vários suportes: o mesmo estêncil que você pintou na rua, pode usar numa chapa de madeira ou numa peça de roupa. Isso é muito legal”, declara o artista que segue realizando trabalhos pela cidade e pelo mundo.
Organizada pela curadora Caru Albuquerque, a exposição reúne uma diversidade de formatos e suportes, indo desde pinturas sobre tela e zinco, espuma, vidro e metal, até livro de artista, objetos e instalações, sempre realizados com a técnica do estêncil.
Além das famosas pílulas coloridas, carros antigos, pin-ups e o recorrente personagem Tvnauta, que permeiam sua produção, Gitahy apresenta também iconografias típicas das metrópoles.
“A produção de Gitahy é capaz de provocar importantes reflexões sobre a vida contemporânea ao tratar das narrativas da cidade.
A partir de um amplo repertório de imagens que mistura carros, índios, pin-ups, fórmulas matemáticas e inscrições rupestres, o artista cria obras que remetem à diversidade das ruas”.
A experimentação com os signos e suportes ganha um novo patamar com a obra Veículo de emergência, inédita em São Paulo, em que um VW Fusca é transformado em vídeo instalação a partir do ato criativo do artista, que projeta bulas de remédio nas janelas do automóvel – um dos ícones prediletos do artista.
Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp – Avenida Paulista, 1313 – São Paulo – SP
Período expositivo: de 22 de agosto a 22 de outubro de 2017
Horários: diariamente, das 10 às 20h – Grátis
Fique atento! O horário pode sofrer mudanças. Consulte o site oficial da instituição.