Esta retrospectiva, apresentada pela primeira vez no Brasil, abrange a imensa e multiforme obra de Man Ray.
Conhecido principalmente por sua fotografia, mas também criador de objetos, realizador de filmes e faz-tudo genial, Man Ray chega a Paris em 1921, onde permanece até a Segunda Guerra Mundial e para onde retorna definitivamente em 1951.
Foi nessa cidade que sua arte original se desenvolveu e mais repercutiu.
Esta exposição elucida, por meio de quase 250 obras, a lenta maturação de Man Ray, bem como apresenta um panorama completo de sua criatividade.
Das primeiras obras dadaístas ao retrato e à paisagem, da moda às imagens surrealistas, de seus trabalhos comerciais a uma seleção de seus objetos e filmes, e à sua vontade de revelar outra realidade, reúnem-se nesta exposição toda a complexidade e a riqueza do que ele nos legou.
Fotógrafo, pintor, escultor, cineasta… são vários os atributos de Man Ray, um dos maiores artistas visuais do início do século XX e expoente do movimento surrealista.
Quase 130 anos após seu nascimento, o país recebe 255 obras do artista nunca antes vistas pelo público brasileiro, entre objetos, vídeos, fotografias e serigrafias de tamanhos variados – de 40×30 a 130×90 cm – desenvolvidas durante os anos que viveu em Paris.
Com curadoria de Emmanuelle de l’Ecotais, especialista no trabalho do artista e responsável por seu Catálogo Raisonée, a mostra irá ocupar o CCBB SP e será dividida em duas categorias.
A primeira trata da fotografia como um instrumento de reprodução da realidade, focando-se em seus famosos retratos, seu ateliê era uma referência entre a vanguarda intelectual que circulava pela Paris da década de 1920, nos ensaios para a grife de Paul Poiret e em fotos para reportagens.

Já na segunda, outro lado se revela: o da manipulação da fotografia em laboratório com o intuito de criar superposições, solarizações e “rayografias”, um termo criado por Man Ray (do inglês “rayographs”), em alusão a si mesmo.
Assim, portanto, ele inventa a fotografia surrealista.
O projeto da exposição prevê, ainda, reproduzir imagens da vida parisiense de Man Ray acompanhado pelos artistas que lhe foram contemporâneos e por sua musa, Kiki de Montparnasse.
Além de uma programação de filmes assinados por ele, intervenções como um laboratório fotográfico, com elucidações sobre as técnicas utilizadas em sua obra, marcam a interatividade com o visitante.
Para a curadora, esta retrospectiva, pela primeira vez no Brasil, procura abranger a imensa e multiforme obra de Man Ray e apresenta a lenta maturação de sua obra e um panorama completo de sua criatividade.
Emmanuelle de l’Ecotais ressalta que apesar de ser conhecido principalmente por sua fotografia, é também criador de objetos, realizador de filmes e faz-tudo genial.
“Após tornar-se rapidamente fotógrafo profissional, sua obra oscila, de maneira contínua, entre o trabalho de encomenda – o retrato, a moda -, de um lado, e o desejo de realizar uma ‘obra artística’, do outro.
Em suas palavras, ‘o artista é um ser privilegiado capaz de livrar-se de todas as restrições sociais, cujo objetivo deveria ser alcançar a liberdade e o prazer’”.
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – CCBB. Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – São Paulo. Aberto todos os dias, das 9h às 21h, exceto às terças. Entrada gratuita. Até 28/10/19.
Fique atento! Os horários podem ser modificados. Consulte o site oficial da instituição.