Joan Miró: a Força da Matéria

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Joan Miró: a Força da Matéria
   

No Instituto Tomie Ohtake a exposição Joan Miró: a Força da Matéria está dividida cronologicamente e traz um recorte de cerca de 50 anos  da produção do artista. destacando seu permanente interesse na experimentação e na superação de seus próprios limites. A mostra pretende abarcar diferentes fases do percurso do artista, evidenciando como Miró construiu uma linguagem genuína em que a liberdade e a fluidez do traço, assim como a fragmentação e simplificação das figuras foram imprescindíveis.

Joan Miró (1893-1983) foi um dos artistas mais versáteis e influentes do século 20. Embora originário de uma família de artesãos, ele se viu frustrado pela família em sua intenção de se tornar pintor, tendo sido forçado pelo pai a aceitar um emprego burocrático de guarda-livros em Barcelona. Como resultado, Miró sofreu um colapso nervoso, o que na verdade apenas contribuiu para reforçar sua vocação artística.

Assim, em 1919 foi para Paris, e a partir de então dividiu seu tempo entre a França e a Espanha. Anos mais tarde foi aos Estados Unidos, onde pintou murais para hotéis e universidades. O gênio alegre e o gosto pelo detalhe humorístico contribuíram para popularização de sua obra, embora a selvageria e a violência da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Guerra Mundial deixassem marcas no seu trabalho.

MIRÓ E O SURREALISMO
Durante os anos 20, em Paris, Miró associou-se a poetas e pintores da vanguarda surrealista que se reuniam em torno de André Breton, seu carismático porta-voz. Breton, por sua vez, admirava muito Miró e, mais tarde, escreveu: “A tumultuada adesão de Miró em 1924 marca um ponto importante na evolução da arte surrealista”. Miró participava das reuniões durante as quais os integrantes do grupo experimentavam drogas e álcool para induzí-los a um estado alucinatório que libertasse suas mentes do controle do consciente. Miró afastou-se do grupo quando, na década de 30, muitos deles começaram a envolver-se efetivamente com política.

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