Exposição Julio González – Espaço e Matéria | Instituto Tomie Ohtake | SP

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Exposição Julio González – Espaço e Matéria | Instituto Tomie Ohtake | SP
   

O Museu Nacional d’Art de Catalunya, a Fundação Abertis e o Instituto Tomie Ohtake organizam, pela primeira vez no Brasil, com o patrocínio da Arteris, uma individual do consagrado escultor Julio González (Barcelona, 1876 – Arcueil, França, 1942).

Com curadoria de Elena Llorens, a mostra reúne 70 peças, entre esculturas, desenhos, pinturas, fotografias e documentos, que marcam a carreira do artista catalão, hoje reconhecido como o pai da escultura moderna em ferro e um dos nomes imprescindíveis na história da arte do século XX.

O virtuosismo de González ao trabalhar o ferro, trajetória que começa na oficina paterna de serralheria artística na Barcelona modernista do final do século XIX, marcou sua celebrada produção escultórica, majoritariamente concebida na década de 1930 quando já havia completado 50 anos.

Entre 1928 e 1929, González é convidado por Picasso a colaborar no projeto do monumento em homenagem ao poeta Guillaume Appolinaire, morto no final da Primeira Guerra.

Essa troca de experiência, que se desdobrou em outras colaborações, foi marcante para a produção escultórica do autor de Les Demoiselles d´Avignon e representou a fase mais experimental na carreira do mestre da arte em ferro, o começo do que González chamou de “nova arte: desenhar no espaço”.

A partir daí o escultor se integra ao grupo Círculo e Quadrado e assina, em 1934, junto a Pablo Picasso, Fernand Léger e Vassily Kandinsky, o manifesto do grupo Abstração – Criação.

Rosto com chapéu-1927-1929 – Julio González -Coleção do Museu Nacional d´Art de Catalunya – Espanha

“Sua produção escultórica em ferro deve ser inserida no contexto disruptivo das vanguardas da primeira metade do século, caracterizado por uma intensa especulação formal.

Deve-se a González o fato de ter dotado a escultura de uma nova gramática capaz de deslocar, com um material totalmente alheio à tradição, as seculares noções de volume e massa”, diz a curadora

Por meio de uma parceria estabelecida em 2015 com o Instituto Tomie Ohtake, a Arteris, uma das maiores companhias do setor de concessões de rodovias do Brasil, já viabilizou a vinda ao país de exposições de nomes importantes para a história da arte como Pablo Picasso, Joan Miró, Antoni Gaudí e Salvador Dalí.

Mão Inclinada-1937- Julio González – Coleção do Museu Nacional d´Art de Catalunya – Espanha

A passagem dessas obras por São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina impactou mais de 1,6 milhão de pessoas.

Agora, essa parceria traz pela primeira vez ao Brasil as obras do escultor espanhol Julio González.

Instituto Tomei Ohtake. Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros – São Paulo. Aberta de terça a domingo, das 11h às 20h. Gratuita. Até 04/08/19.

Fique atento aos horários, eles podem ser modificados. Consulte o site oficial da instituição.

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