Recebendo o nome do colecionador que comprou a obra pela primeira vez, A Banhista de Valpinçon é uma representação serena do nu humano, de clássica beleza.
Suavizada pela delicadeza da luz refletida, a banhista sugere um erotismo frio e lânguido, que se torna ambíguo por sua recusa a encarar o espectador.
O único som ou movimento é o de uma pequena torneira de água, vista um pouco acima dos pés da banhista, e o interior espartano parece congelar a cena no tempo e no espaço.
Jean Auguste Dominique Ingres era um excelente desenhista, mas mantinha-se emocionalmente desvinculado de seus temas e mostrava pouco interesse pela expressão do rosto humano.
A perfeição bem-acabada de sua obra inspirava-se no ídolo renascentista Rafael Sanzio.
Figura proeminente da tradição clássica do século 20 francês. Ingres pintava muitas cenas orientais idealizadas e exóticas, com nus voluptuosos, embora nenhum detalhe fosse fruto de observação direta, pois ele nunca saiu da Europa.
![](https://i0.wp.com/www.historiadasartes.com/wp-content/uploads/2015/10/14.9.banhista.jpg?resize=588%2C885)
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