As trinta telas da Catedral de Rouen – Claude Monet

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As trinta telas da Catedral de Rouen – Claude Monet
   

Claude Monet é uma das mais conhecidas e representativas figuras do impressionismo. Monet foi um pintor francês que trabalhou ao longo da última metade do século 19 e até sua morte, em 1926.

A obra de Monet é caracterizada por seu interesse na cor e natureza.

Suas pinturas retratam o mesmo tema pintado em diferentes momentos do dia.

Monet disse: “Todos os dias eu capto e me surpreendo como alguma coisa que ainda não tinha sabido ver. Que difícil de fazer é essa catedral! Quanto mais avanço, mais me fatiga restituir o que sinto; eu me digo que aquele que diz ter terminado uma tela é um terrível orgulhoso”

Para pintar os inúmeros quadros da série, Monet submeteu-se a um grande número de sessões, indiferentemente da hora do dia e do tempo.

Ele pintou sob o sol, sob a névoa, ao amanhecer, ao entardecer…

O método empregado era a substituição de telas, de acordo com as variações da luz.

Ele trabalhou no tema em dois períodos distintos, em que houve um intervalo de cerca de um ano.

Antes de iniciar a sua pintura, estudou a construção e os efeitos luminosos.

O seu ateliê foi montado de frente para a catedral.

Monet fez vários quadros paisagísticos em que inseriu igrejas e catedrais. Mas nesta série, ele pegou como tema único a Catedral de Rouen.

Foram pintadas cerca de trinta telas, onde reproduz o jogo de luz e as inúmeras mudanças na atmosfera, em vários momentos do dia, através da fachada da catedral.

Aqui, o tema central não é a catedral, pois sua arquitetura é quase imperceptível, mas a variação da luz sobre sua fachada, em diversos momentos do dia.

Essa série é famosa no mundo inteiro.

Artistas e críticos acolheram muito bem essa série de Monet, pois tratava-se de um grande acontecimento. Como escreveu Georges Clemenceu, tratava-se de “uma forma nova de olhar, de sentir, de expressar uma revolução”.

Tanto é que artistas como Picasso, Braque ou Lichtenstein viram essa série de pinturas sobre a Catedral de Rouen como “de importância fundamental na história da arte”, pois “obrigaria gerações inteiras a mudar suas concepções”.

O pintor chegou a duvidar de sua capacidade de poder transferir para a tela as diferentes mudanças cromáticas, ao pintar a Catedral de Rouen, em diferentes momentos.

Monet desabafou dizendo que “tudo muda, inclusive a pedra”.

Cinco das trinta telas da Catedral de Rouen:

 

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