Hipômenes e Atalanta, Guido Reni

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Hipômenes e Atalanta, Guido Reni
   

Repetida em outras versões, a obra é uma das composições mais fechadas e harmoniosas da pintura mitológica de Reni Guido.

Estudioso apaixonado da arte antiga e de Rafael, o pintor bolonhês foi, durante quase três séculos, um modelo de referência pelo seu estilo puríssimo, adamantino, com um perfeito equilíbrio entre precisão formal e densidade expressiva.

A cena evoca a mitológica carreira entre a imbatível Atalanta e o astuto Hipômenes: a jovem desejava salvaguardar a sua virgindade e, para afastar os pretendentes, desafiava-os para uma corrida prometendo a sua mão a quem a vencesse ou caso contrário, a morte.

Durante muito tempo permaneceu imbatível, até que Hipômenes, consciente da vaidade e da curiosidade femininas e ajudado pela estratégia de Afrodite, lançou três maçãs de ouro durante a corrida: Atalanta parou para recolhê-las e perdeu a competição. ​

Os cânones da beleza clássica estão aqui idealizados pela diagonal traçada pelos extremados e lânguidos nus e pelo ajustado equilíbrio entre o movimento da corrida e o gesto fatídico de Atalanta.

O pintor optou por uma refinada suma estilística: o enlace dos corpos luminosos com o fundo castanho-acinzentado do chão e do céu. Apenas as vestes ao vento imprimem a sensação de movimento, num quadro de calculado classicismo e controlada serenidade apolínea.

Hipômenes e Atalanta, 1618-19, óleo sobre tela, 206 x 297 cm, Guido Reni, Museu do Prado, Madri.

Agora que você sabe mais detalhes sobre esse quadro de Guido Reni, experimente fazer uma releitura dele ou criar uma cena mitológica tratando o principal momento dessa história.

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