O pintor holandês, conhecido por Antonio Moro, foi introduzido na corte de Carlos V pouco antes de 1550 e converteu-se rapidamente num dos mais aclamados retratistas nórdicos da segunda metade do século 16.
Moro recupera os modelos compositivos que Ticiano realizara para os Habsburgos, mas distanciou-se do mestre veneziano nas superfícies uniformes, na definição nítida e precisa, na fria austeridade e no estilo impessoal.
A filha de Henrique VIII e de Catarina de Aragão tornou-se rainha em 1553 e no ano seguinte, por decisão de Carlos V, segunda esposa de Filipe II, momento em que este quadro foi pintado em Londres. O casal não teve herdeiros e, por conseguinte, não anulou os direitos ao trono da protestante Isabel.
Os rasgos fisionômicos do rosto revelam o profundo estudo psicológico, do qual emerge o caráter decidido, obstinado e inclusive cruel da rainha (de fato foi chamada “a Sanguinária”).
Exemplo gélido da rigidez neurótica do poder, este retrato parece cinzelado de acordo com uma forma dura e austera, comparável aos retratos dos Médici de Bronzino.
Os traços físicos reais são enquadrados por detalhes que definem a posição social da protagonista: as joias, as preciosas luvas e a rosa na mão direita, símbolo dos Tudor.
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